quarta-feira, 20 de maio de 2009

(In)Segurança


Lembro vagamente do Plebiscito sobre o desarmamento que aconteceu no dia 23 de outubro de 2005, como em qualquer eleição, as pessoas foram obrigadas a ir às urnas para votar se eram contra ou a favor da proibição do comércio de armas de fogo. Como vivemos em uma sociedade democrática, onde permanece a vontade da maioria, os 95.375.824 eleitores brasileiros que foram as urnas tinham a opção entre o ‘sim’ e o ‘não’. Resultado apurado ficou definido com 63,94% dos votos que é seria permitido a comercialização legalizada destes itens, contra 36,06% votos das pessoas que optaram pela proibição.
Com a votação encerrada, reclamações e opiniões surgiram em todo o país... Vivemos em um país aonde podemos expor nossa opinião e eu nos meus 15 anos também queria falar. Como eu não tinha direito ao voto, coloquei minha opinião nas rodas de amigos, conversei com os meus familiares, falei com o pessoal da escola aonde eu estudava, e dizia abertamente que era a favor da proibição, de uma forma ou outra eu queria participar. Em 2005 eu não entendia e continuo sem entender porque que algumas pessoas dizem com tanta certeza que o porte de armas de fogo em casa é viável para a segurança de uma família. Mas será mesmo que é? Exemplo dessa ‘segurança’ foram as duas mortes acidentais que ocorreram nesse final de semana.
A primeira morte aconteceu no sábado (16), no Rio de Janeiro, onde um menino de 12 anos morreu, sendo atingido por um tiro disparado acidentalmente pelo primo de 17 anos, que alegou ter achado a arma na rua e estava brincando, e mostrando-a ao primo. A segunda morte foi na cidade de Rios das Ostras, no domingo (17), a vítima foi um menino de 4 anos, sendo o suspeito, o irmão mais velho de 7 anos. A causa da morte também seria acidental onde o garoto mais velho, estava atirando contra a parede e atingiu seu irmão caçula.
Um absurdo não? Imagino com se isso acontecesse com alguém que conheço, quando leio, ouço e vejo essas noticias um sentimento de revolta toma conta de mim... Acredito que muita coisa poderia ter sido mudada em outubro de 2005!

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